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terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Era uma vez, em 1988...




A tecnologia me surpreende e me agrada a cada dia que passa. Penso assim principalmente pelas pessoas que pude reencontrar graças às redes sociais que (re) unem pessoas que pareciam sumidas na nossa vida. E também nos fazem lembrar de acontecimentos fantásticos. Alguns retratados.
Recebi essas fotos. Foi a minha 1ª banda, chamada Intolerantes, em 1988.
Na foto de baixo, da esquerda pra direita: Xandy Freitas (baixo), eu (guitarra), Kz (meu irmão, no vocal), Pedro Lenine Sander (guitarra) e Marcelo Campos (bateria).
Era uma época de ouro. Um descompromisso com a realidade, um sonho. Não sei aonde queríamos chegar. Eu lembro que meu único sonho era tocar no Gigantinho lotado. Não tínhamos idéia de mainstream, de passagem de som, de set list, de road manager...era uma união de amigos de colégio. Amigos que se encontravam no prédio do Xandy, na Rua Silveiro. Violões, bate-papos, nostalgia, amores platônicos...a realidade passava muito longe daquela rua. Todos praticamente estudavam. Trabalho? só o Xandy, na Eletrônica Synch e o Kz, na Tv Gaúcha...
O primeiro show foi no pátio do Colégio Infante Dom Henrique, dia 22/04/1988. Um festival de bandas que tinham como palco um aglomerado de classes amarradas...aquilo já era o Gigantinho.
O tempo passou, eu e o Marcelo continuamos mergulhados na música, mas só eu ainda acredito em viver dela. Cada um seguiu o seu caminho, mas a história está gravada no coração da gente.
E uma das músicas do Pedro, o maior hit dos Intolerantes, ilustrava tudo com muita propriedade:"... Tá tudo bem...enquanto o fim não vem."
E, que pena...ele chegou.

3 comentários:

  1. Foi uma época em que a ingenuidade comandava nossas decisões, em que a fantasia se confundia com a realidade, em que a música inundava nossas almas e se colocava como única certeza. Nossa banda era nosso núcleo familiar e nossa família se completava com aqueles que ouviam nossa música. Ico Neto já reconhecia sua sina: "eu quero morrer com a guitarra na mão". Siga em frente Ico, és o legítimo representante musical de todos os integrantes daquela banda. (Pedro Lenine Sander)

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  2. O mais incrível é que não só vocês acreditavam nesse sonho, os amigos que estavam juntos de vocês também. Eu era uma destas pessoas. Por vezes emprestei a garagem da minha casa para os ensaios nos sábados à tarde. Que loucura, não sei como os meus pais aguentavam! Acho que no fundo sabiam que aquela era uma época de crenças ingênuas de nossas vidas e, quem seriam eles para não deixar que fossem vividas por nós, afinal, eles também foram jovens descompromissados e sonhadores! E dá muita saudade, do descompromisso, daquelas amizades, dos amores platônicos, dos sonhos... Beijo grande meu amigo. Karina Bohrer

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  3. "as classes amarradas eram o gigantinho"! Que frase mais certa. Os primeiros "shows" do Infante começaram em 85 acho eu, quando um grupo teve a bela idéia de amarrar as classes, porque na rua chovia. Havia uma banda chamada Accessit, A Adriana ainda näo era Calcanhoto" e todo mundo se divertia. Até o professor Clovis dançava ao som de "The Wall". Bons tempos aqueles!!!
    beijo grande

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