A tecnologia me surpreende e me agrada a cada dia que passa. Penso assim principalmente pelas pessoas que pude reencontrar graças às redes sociais que (re) unem pessoas que pareciam sumidas na nossa vida. E também nos fazem lembrar de acontecimentos fantásticos. Alguns retratados.
Recebi essas fotos. Foi a minha 1ª banda, chamada Intolerantes, em 1988.
Na foto de baixo, da esquerda pra direita: Xandy Freitas (baixo), eu (guitarra), Kz (meu irmão, no vocal), Pedro Lenine Sander (guitarra) e Marcelo Campos (bateria).
Era uma época de ouro. Um descompromisso com a realidade, um sonho. Não sei aonde queríamos chegar. Eu lembro que meu único sonho era tocar no Gigantinho lotado. Não tínhamos idéia de
mainstream, de passagem de som, de
set list, de
road manager...era uma união de amigos de colégio. Amigos que se encontravam no prédio do Xandy, na Rua Silveiro. Violões, bate-papos, nostalgia, amores platônicos...a realidade passava muito longe daquela rua. Todos praticamente estudavam. Trabalho? só o Xandy, na Eletrônica Synch e o Kz, na Tv Gaúcha...
O primeiro show foi no pátio do Colégio Infante Dom Henrique, dia 22/04/1988. Um festival de bandas que tinham como palco um aglomerado de classes amarradas...aquilo já era o Gigantinho.
O tempo passou, eu e o Marcelo continuamos mergulhados na música, mas só eu ainda acredito em viver dela. Cada um seguiu o seu caminho, mas a história está gravada no coração da gente.
E uma das músicas do Pedro, o maior hit dos Intolerantes, ilustrava tudo com muita propriedade
:"... Tá tudo bem...enquanto o fim não vem."E, que pena...ele chegou.